Região



Cidade de Lamego


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Cidade muito antiga, com vários monumentos de interesse e sede de concelho do mesmo nome com cerca de 35.000 habitantes.
A arquitectura religiosa tem em Lamego uma expressão singular, até porque Lamego é uma das mais antigas dioceses do país.
Também na vida política do país, Lamego teve influência e peso. Foi aqui, na Igreja de Almacave, que D. Afonso Henriques reuniu as Primeiras Cortes, quando Portugal nasceu como Nação Independente.
Com longa tradição militar, o R19 com honrosa presença na 1ª Grande Guerra Mundial (1914-1918), foi tranformado em 1960 no CIOE (Centro Instrução Operações Especiais), mais conhecido por Rangers, ainda hoje sediados na cidade de Lamego, onde mantêm o seu centro de instrução e operações.
Situada na Região Demarcada do Douro, entre as cidades de Vila Real e Viseu é o centro de uma riquíssima região frutícola e agrícola, que se distingue pela gastronomia e preparação dos seus afamados presuntos, enchidos, bolas, vinhos e espumantes naturais. Cidade de Cultura, Lamego salienta-se pela realização anual de diversos e variados eventos, dos quais se destacam a Feira Medieval, o Carnaval de Lazarim, a Semana Santa, a Feira do 3 de Maio, a Expodouro e as esplendorosas Festas de Nª Srª dos Remédios "A Romaria de Portugal", que atraem à cidade milhares de forasteiros.


Localização


A cidade de Lamego, situa-se no norte de Portugal, na fronteira de Trás-os-Montes e Alto Douro com a Beira Interior. Apesar de actualmente pertencer ao distrito de Viseu (Beira Alta), o concelho de Lamego pertence á região de Trás-os-Montes e Alto Douro, mais precisamente á sub-região, se assim podemos chamar, do Douro Sul. Situada a nordeste da serra de Montemuro, a cidade dista cerca de 10 Km, para sul, do rio Douro.

Tendo a Norte a cidade da Régua (10 Km) e a de Vila Real (35Km), a Sul encontramos Castro Daire (25Km) e a sua capital de distrito, Viseu (65 Km), seguido para Este, a vila de Tarouca (10 Km) e a de Moimenta da Beira (35Km), a Oeste fica Resende (30 Km), também vila. As coordenadas geográficas são: Latitude (DMS) = 41º 6´ 0 N, Longitude (DMS) =7º 49´ 0 O, elevando-se a uma altura média de 492 m. Engloba ainda à sua volta uma grande quantidade de pequenas e características aldeias.

O concelho de Lamego tem 24 freguesias, numa área de 164 Km2 A cidade possui três freguesias (Sé, Almacave e Vila Nova de Souto D´el Rei ) com o número total de habitantes a rondar os 15 000, o concelho por sua vez tem cerca de 30 000 habitantes.



Monumentos

Santuário de Nª Srª dos Remédios

Ficheiro:Santuário de Nossa Senhora dos Remédios.jpg

Monumental e admirável são só alguns dos muitos adjectivos com que podemos classificar esta construção, a igreja e o escadório fazem dela um dos mais belos monumentos de Portugal. Sobranceiro a toda a cidade, o Santuário Mariano de notável talha setecentista, foi erguido no frondoso parque, descendo ao longo dele o majestoso escadório que liga a capela  de Nª Sª dos Remédios ao centro cidade de Lamego, que fica assim a seus pés. A devoção e o sentido espiritualista, embora não descurada de todo, tem vindo a dar lugar ao turismo, á admiração e maravilha por tão bela construção que o séc. XVIII e restantes nos deixaram.
O Parque ergue-se viçoso no monte de Santo Estevão, cobrindo a totalidade do mesmo.  No  seu cimo  aparece a  igreja  de  Nª Sª dos Remédios, e cortando a verdura no sentido descendente o sublime escadório. Ao lado da igreja encontramos o Hotel Parque e um pouco mais atrás o estádio dos Remédios bem como todo o complexo desportivo de Lamego. Pelo meio do parque podemos apreciar, além de todo o escadório, o  lago dos patos, as duas grutas, os caminhos delineados pelos arranjos de jardinagem, a carreira central, um coreto, etc.


Igreja de Almacave



Situada no centro urbano da cidade, apesar de estar fora das muralhas da cidadela, a igreja de Almacave,  fazia  parte do núcleo da  cidade  antiga  juntamente  com o Castelo e a Cisterna.  Sendo em tempos passados o polo de desenvolvimento urbano desta zona, hoje pertencente ao centro histórico. A nave central da Igreja é uma construção do Séc. XII, sendo-lhe posterior a construção da torre lateral. Com a fachada posterior para a rua de Almacave, mas mais rebaixada que esta, onde se encontra um pequeno monumento a lembrar o tratado de Zamora de 1143. Não nos sugere deste ângulo a sua  imponência, mas ao entrarmos no adro e descermos as espaçadas escadas, logo deparamos com toda a sua grandeza, escondida da referida rua. Sem outro acesso, neste adro podemos contemplar a fachada principal com o seu portal românico de arco ogival com capitéis relativamente bem conservados. Ao lado do corpo principal da igreja ergue-se a torre quinhentista, que apesar do seu tamanho e volume consegue uma certa harmonia com o resto da igreja.


Igreja das Chagas


Havia já muitos anos, escrevia-se em 1596, que os habitantes de Lamego desejavam ter um convento religioso. Apesar dos intentos de Dom Manoel de Noronha (1551-1569) e de Dom Manoel de Meneses (1570-1573), só Dom Antonio Telles de Menezes consegue a aprovação para que se construa em Lamego o tal Mosteiro, no entanto só no ano de 1588 se inicia a construção do Mosteiro das Cinco Chagas. Na realidade o mosteiro já não existe, chegando aos dias de hoje apenas a sua Igreja, onde funcionou até á bem pouco tempo a Santa Casa da Misericórdia de Lamego. O pouco que já dele restava foi, em 1929, cedido pela Câmara para a construção do Liceu Latino Coelho. O que chegou até aos dias  de hoje  do Mosteiro é muito pouco comparado com o que ele foi  depois  da sua  fundação, no entanto  apesar de  pouco, ainda resta a Igreja das Chagas, única parte do mosteiro que ainda existe.
Apesar de só restar a Igreja, ainda muito á para admirar, disso são exemplo o relicário da Rainha Santa Mafalda, prata e cristal do Séc. XVIII e o Cálice da Santa Casa da Misericórdia bem como outros objectos de grande valor.



Igreja da Sé


Monumental e sumptuosa a Sé de Lamego tem tudo de Catedral, desde as suas fachadas que vários estilos arquitectónicos percorreram ao longo dos tempos até á sua tradição episcopal, a igreja aparece-nos hoje como um monumento de excepcional beleza. Classificado como Monumento Nacional, é uma das mais preciosas heranças  que  o passado deixou á cidade de Lamego. O grandioso edifício começou a ser erguido pouco depois do nascimento de Portugal, foi crescendo ao longo dos tempos, conjugando por essa razão vários estilos arquitectónicos que marcam diferentes épocas da história.
Certas partes do alçado principal, mais precisamente o janelão, levam-nos à época manuelina, dominando no entanto nesta fachada o gótico (séculos XV-XVI), que também aparece nos contrafortes e arcobotantes laterais do edifício. O românico está patente na  grandiosa  torre  com os seus sete sinos, o renascentista (século XVI), estilo mais avançado, demonstra-se nas janelas, e nos claustros. Já o corpo de três naves é de estilo neo-clássico (século XVIII) e tem o berço das abóbadas pintado a fresco com motivos bíblicos.


Castelo de Lamego


Sobranceiro a toda a cidade, o Castelo de Lamego, imponente e vigilante, afigura-se forte no cimo do monte mais alto da cidade, contemplando os rios Coura, Varosa e Balsemão, sentinela atenta a toda a cidade, às encostas do Douro, terras de Trás-os-Montes e Montemuro.  De acesso relativamente difícil, devido ao acidentado do terreno e à muralha que rodeia a cidade antiga, foi, porém palco de varias lutas pela defesa da mesma. Alta e robusta, a torre de menagem ameada, ergue-se no ponto mais alto da cidade, a 543 metros de altura. De planta quadrada e porta elevada a 2 metros do solo, tem três pisos de madeira fortemente encastoada nas duras paredes de pedra. Unido à torre de menagem por dois lados surge um resistente muro de pedra sem ameias, com mais ou menos 2 metros de espessura e forma de polígono hexagonal irregular, formando assim a praça de armas.


Museu de Lamego



Ergue-se no Rossio ou Largo de Camões, ao fundo da Av. Visconde Guedes Teixeira, ao lado do Palácio da Justiça e bem perto da Igreja da Sé e Teatro Ribeiro Conceição. Com fachadas de dimensão horizontal, janelas à maneira das casas fidalgas da época, enriquecidas de toucas e aventais. Sobre o portal setecentista surge o Brasão do Prelado, nas varandas de granito balaústres, para onde abrem portadas do mesmo gosto das janelas centrais. No seu interior existe um claustro, harmonioso espaço com janelas enobrecidas por aventais e/ou sacadas. Na ala sul foi colocada um exemplar quinhentista, a “janela verde”, que se encontrava na Rua Nova, freguesia de Almacave.